Meu parabrisa quebrou, o que faço?
Meu vidro quebrou. O que fazer?
Em primeiro lugar, proteja o local colando com um adesivo ou, até mesmo, uma fita crepe. “Isso ajudará a manter o local limpo e sem umidade, evitando que a trinca ou rachadura aumente de tamanho. Além disso, para que seja possível a reparação, a área danificada não pode ter sido contaminada por impurezas” conta Francine Carreira, gerente de operações da Autoglass, empresa de vidros automotivos.
Feito isso, leve o carro o quanto antes a um especialista. Quanto mais rápido for o reparo, maior serão as chances do vidro voltar ao seu estado original. “É recomendável que o carro seja levado a uma oficina, assim que ocorrer o dano. A recuperação deve ser feita apenas na parte externa do pára-brisa, que tem o vidro laminado”, diz Waldir Thomé Filho, proprietário da Clínica Pára-Brisas. “Os vidros laterais e traseiros normalmente são temperados, neste caso aconselha-se a troca”, completa.
Segundo Francine, para que seja feita a reparação, a trinca ou rachadura não pode estar no campo de visão do motorista, pois gera distorção óptica, e não deve ultrapassar 10 centímetros de diâmetro. “Utilizamos a norma inglesa BS AU 242. Por meio dessa técnica, é injetada uma resina que, logo após, é exposta a uma luz ultravioleta”, explica.
O custo de uma reparação, que gira em torno de R$ 60, é bem menor que o da troca, em torno dos R$ 200, para carros populares. Além disso, antes de realizar a substituição, não esqueça de consultar a apólice de seguro do veículo. A cobertura para esse tipo de serviço pode estar no contrato.
Cuidados
Dirija com cuidado. Não suba em guias bruscamente, não passe sobre lombadas em alta velocidade e evite buracos na pista. “O impacto da roda pode causar distorções na carroceria e, conseqüentemente, um trauma no vidro”, afirma Francine. Bater a porta do carro com força também é umas das causas mais comuns do problema.
O choque térmico causado por variações do tempo também pode danificar os vidros. Evite deixar o carro por muito tempo embaixo de sol e chuva. “A rápida mudança de temperatura causada por água fria ou o ar-condicionado também deve ser evitada”, conta Thomé Filho. Nos dias muito quentes, é indicado abrir os vidros para deixar o ar circular um pouco. Também é indicado diminuir a temperatura do ar-condicionado gradativamente. Em caso de chuva de granizo, se não for possível colocar o carro em um local coberto, apóie a palma da mão no centro do pára-brisa, pois isso garante maior firmeza ao vidro.
Troque as palhetas do limpador pelo menos umas vez no ano, pois a ação do sol e da chuva em um material de borracha provoca o ressecamento e posteriormente o risco no vidro. Em caso de troca, é importante usar sempre vidros e películas protetores originais. “O pára-brisa corresponde de 15% a 40% da resistência do teto do veículo. Vidros que não são originais podem se descolar em uma colisão, oferecendo um risco maior aos passageiros, inclusive, prejudicando a eficiência do airbag”, Informa a gerente da Autoglass. Além disso, manter a higiene e o uso do insulfilm são outras maneiras de proteger os vidros.